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Funbio aprovou o processo de licitação para construção do portal do Parque Estadual do Cantão

Desenvolvido pelas arquitetas Cecília Heidrich Prompt e Viviane Santi Martins o projeto arquitetônico será executado com o apoio do Governo do Tocantins - Foto: Arquivo Naturatins/GovTO

O Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) aprovou em julho a licitação para contratar uma empresa especializada na construção do portal do Parque Estadual do Cantão (PEC), administrado pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins). A Funbio divulgará em breve o edital que está elaborando para o envio de propostas das construtoras.

 

Desenvolvido pelas arquitetas Cecília Heidrich Prompt e Viviane Santi Martins, o projeto arquitetônico terá o apoio do Governo do Tocantins e recursos do programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA). Começaram a elaborar o projeto em 2021 e o aprovaram no mesmo ano. Concederam a autorização para a licitação em julho deste ano. O projeto está na fase de planejamento da licitação e, em seguida, na abertura do prazo para envio de propostas. As empresas interessadas deverão realizar uma visita técnica ao PEC antes de submeterem suas propostas.

 

O presidente do Naturatins, Renato Jayme, destaca que a construção do portal é um avanço significativo para o Parque e a região. “A iniciativa reflete nosso compromisso com a preservação ambiental e a melhoria da infraestrutura turística. Com este portal, criaremos um ponto de referência que não apenas receberá visitantes com comodidade, mas também, além disso, fortalecerá a imagem do Cantão como um destino de ecoturismo importante”, afirma.

 

A arquiteta do Naturatins, Nilza Verônica Amaral, explica que o portal será acessível e moderno, incorporando diversos recursos para uma experiência enriquecedora e confortável. Entre os itens previstos estão pontos de recarga para veículos elétricos, wi-fi, áreas de descanso, câmeras de vigilância, banheiros acessíveis, jardins com irrigação automatizada, iluminação automática e tomadas para carregar celulares. “Além de valorizar o turismo e a economia local, o portal proporcionará aos visitantes um ambiente seguro e acolhedor”, destaca.

 

A arquiteta Nilza Verônica Amaral e o engenheiro civil Salomão Cardoso, ambos servidores do Naturatins, acompanharão a obra, e engenheiros da Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto) a fiscalizarão

 

Memorial Descritivo

Conforme o Memorial Descritivo, o projeto do PEC consiste em um pórtico metálico próximo à guarita existente. A proposta vai reformar a guarita, incluindo uma cobertura metálica que configurará um espaço aberto coberto para o público. Ademais,  o projeto prevê aplicação da norma de acessibilidade NBR 9050 em toda edificação.

 

A estética do portal foi inspirada nas características naturais do PEC, com cores baseadas na fauna local e nas comunidades tradicionais. O projeto inclui uma zona de estacionamento associada a um jardim, com locais para esculturas preferencialmente de artistas locais. As esculturas representarão elementos como o boto do Araguaia, a ave cigana, a ariranha, e as populações tradicionais.

 

ARPA

Criado em 2002, o programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) é uma colaboração entre governo federal, órgãos estaduais, instituições privadas e sociedade civil. O programa é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e gerenciado pelo Funbio. E financiado por doadores nacionais e internacionais e por contrapartidas governamentais.

 

O objetivo principal é expandir e fortalecer o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) na Amazônia, assegurando recursos financeiros para a gestão dessas áreas a curto e longo prazos, promovendo o desenvolvimento sustentável na região.

 

O ARPA está em sua terceira fase, com duração até 2039. Atualmente, o programa protege 120 unidades de conservação na Amazônia brasileira, totalizando 62,5 milhões de hectares. Dessas unidades, 60 são de Uso Sustentável e 60 de Proteção Integral. “O Estado do Tocantins foi admitido no Programa Arpa em 2004, recebendo doação de recursos financeiros a partir de 2005 para executar seu primeiro Plano Operativo Anual (POA 2005).

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