Com o objetivo de fortalecer a segurança alimentar, uma parcela da população das aldeias Xerente, localizadas em Tocantínia, recebeu sementes para o plantio de diversos alimentos essenciais, incluindo milho, feijão, frutas e hortaliças. Essa distribuição integra as iniciativas do programa Mesa Farta, promovido pelo Governo do Tocantins, e foi efetuada pelas equipes da Secretaria de Povos Originários e Tradicionais (Sepot) no último sábado, 18.
O casal Larissa Tkidi de Brito Xerente e Jessé Lopes dos Reis são da Aldeia Formosa e foram um dos beneficiados pela ação do Governo do Tocantins. Segundo eles, a iniciativa foi fundamental, pois eles não tiveram a facilidade de receber os mantimentos em casa. “Foi ótimo que trouxeram até aqui, porque para a gente ir buscar existem muitas dificuldades. Então facilitou o nosso acesso e, além disso, nós iremos multiplicar essas sementes entre nosso povo. A gente não vai plantar nada sozinho, disse.
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A secretária da Sepot, Narubia Werreria, disse que essa doação de sementes para a produção de alimentos é uma demanda antiga solicitada pelo povo Xerente, sendo a primeira vez que a doação acontece. “Faz bem esse incentivo à produção tradicional. Agradecemos ao secretário Jaime Café, secretário da Agricultura, que nos forneceu as sementes para realizar a doação ao povo Xerente”.
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Segundo Narubia, o processo de colonização tirou a soberania alimentar dos povos indígenas, retirando a autonomia de produção e inserindo hábitos alimentares que não são dos povos indígenas. “Então trazer a semente é um incentivo ao retorno das nossas profissões de terra, alimentação saudável, uma volta pra pra o que vem da nossa ancestralidade. E uma autonomia dentro dos nossos territórios para não depender da cidade”, completou.
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Mesa Farta
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O programa Mesa Farta desenvolvido pelo Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro), para distribuição de sementes de frutas e hortaliças aos agricultores familiares, garante geração de renda e alimentos de qualidade para 10 mil famílias nas comunidades rurais do Estado.
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Por Elâine Jardim